sábado, 24 de novembro de 2012

Os Tempos Litúrgicos

 
Os tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja Católica. Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas diferenças entre os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes ao rito romano.
 
Advento
O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "
chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o
Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de       
expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo,       
vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz.
 No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas
que antecedem o Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja,
momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã.
É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente
para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu
noivo, seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do
dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando
quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se
volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história,
no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em
especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós.
Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a
alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.
 

Tempo do Natal
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável
para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações,
 pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do
Filho de Deus que se fez Homem.
O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o
domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora
o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da
Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.
 

Tempo da Quaresma
Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de
quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo:
a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência,
jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do
Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o
"Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos
 instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas alturas", para que as
 manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no
tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de
Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica marcam para preparar os
 fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um
período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração.
Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o
ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.
A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas,
três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a
Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja,
lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então
recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência
e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.
 

Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é um conjunto de três dias celebrado no Cristianismo (católico romano),
composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, véspera do Domingo da
Ressurreição ou Domingo de Páscoa. Este último dia já não faz parte do Tríduo Pascal.
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa.
Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de
humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo.
É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada
de "Ação ou Ato Litúrgico".
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em
contemplação de Jesus morto e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao
 Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal.
Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o
 Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Pascal
A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por
cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de
 Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão,
e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser
 celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de
festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo,
vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e       
crendo firmemente na vida eterna.
O tempo pascal é o mais forte de todo o ano, inaugurado na Vigília Pascal e celebrado durante
sete semanas até Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor, que passou da
morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja, seu Corpo,
que é introduzida na Vida Nova de seu Senhor por meio do Espírito que Cristo lhe deu no dia do
primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena remonta-se às origens do Ano litúrgico.
 

Tempo Comum
Além dos tempos que têm características
 próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou
trinta e quatro semanas nas quais são
celebrados, na sua globalidade os Mistérios de
Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo
 em sua plenitude, principalmente aos domingos.
 É um período sem grandes acontecimentos,
 mas que nos mostra que Deus se faz presente
 nas coisas mais simples. 
É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo
Comum, mas não tem nada de vazio.
É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo
Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e
da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o
Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento
do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o
mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
Não se podem contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo
fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas,
e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos       
simples da vida dos cristãos.
Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e
os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo
forte. Vejamos: a primeira parte do Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo de
Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania.
Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do
Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder
 messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras;
No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo,
 imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do
 Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é
 vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras,
 preparando a vinda do Senhor.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos
 Santos.
 
Site:http://www.paroquianossasenhoradocarmo.com

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