Consciência eucarística do catequizando
Um belo texto para reunião de pais.
Catequistas, leiam com carinho e atenção. Vale muito a pena!
O que levar em conta na preparação e realização da Primeira Eucaristia
A realização da Festa Eucarística na qual os catequizandos comungarão,
pela primeira vez, o Pão e o Vinho consagrados, deve ser bem preparada
pelos próprios catequizandos e seus catequistas, contando com a ajuda
das equipes de liturgia e demais membros da comunidade. A dimensão
comunitária da Eucaristia precisa aparecer desde o processo de
planejamento da celebração. Assim, a Missa será o cume de uma caminhada
de irmãos! Apresentaremos alguns elementos importantes, relativos à
festa eucarística.
A “consciência eucarística” do catequizando
Uma das questões mais polêmicas gira em torno da idade que o
catequizando precisa ter para que faça a sua Primeira Eucaristia. Em
nome disso, a quantos casuísmos e confusões já temos assistido em nossas
comunidades! Normatizar idade é desconsiderar os principais elementos
da caminhada catequética: o crescimento pessoal e engajamento
comunitário do catequizando.
Ainda que a comunidade deva estabelecer uma idade média para que uma
criança faça sua Primeira Eucaristia, o que ajuda a organizar e oferece
um critério para resolver questões práticas, esse critério jamais deve
ser o principal e único. O mais importante é avaliar a caminhada feita
pelo catequizando, seu nível de maturidade na fé (ainda que relativa e
progressiva!), seu comprometimento com o processo catequético e com a
vida da comunidade, o gosto que manifesta em participar das celebrações
litúrgicas, e, especialmente, o testemunho de partilha e solidariedade
que ele dá, no dia-a-dia. Jamais se qualifica um catequizando como
“preparado” para a vida eucarística medindo o quanto ele sabe
teoricamente sobre os ensinamentos de Jesus e da Igreja. O “teste”
melhor é o da sua vida diária!
O Diretório Nacional de Catequese, nos números 312 e 313, confirma essa
reflexão e apresenta algumas outras considerações relevantes sobre essa
questão da idade e da maturidade do catequizando. Diz, enfaticamente,
que “antecipar a idade para a celebração dos sacramentos pode ser, para
muitos, antecipar a fragilidade da fé no cotidiano da vida e o
distanciamento da vida da comunidade”.
Conclui-se, então, que o processo de avaliação de um catequizando, para
que se perceba sua “consciência eucarística”, jamais pode ser feito
somente pela catequista que fez a caminhada com o grupo e, muito menos,
em cima da hora. O próprio catequizando precisa sentir-se sujeito do seu
processo de amadurecimento e ser continuamente interpelado quanto à sua
adesão à vida eucarística. Fundamental importância tem, também, a sua
família, primeira responsável por sua educação na fé. Por isso, o
diálogo com os pais e demais membros da família do catequizando deve ser
contínuo, apesar de todas as dificuldades que os catequistas encontram
para fazer essa interação. Também outros membros da comunidade podem e
devem auxiliar no acompanhamento da trajetória de fé dos catequizandos
(padrinhos, professores, amigos, padres, etc.).
Pe. Vanildo Paiva
Especialista em Catequese e Liturgia
Site: http://catequesecomcriancas.blogspot.com.br
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